sobre o fim anunciado,
para esse início espetacular...
porque ela quis assim. teu fim...

violeta

.
minhas paixões são fogo de palha,
infelizmente não geram conflito;
quando eu mais quero então, falha.
do mesmo modo contigo, impossível...
difícil a esmo expressar o desejo,
e esse anseio por olhos tão claros de ser tão felino.

se tudo assim soa meio sem tino, entendo
exemplos indignos não tenho;
mas restringe esse drama,
ficando sozinha, oh Dama,
que a pressa de ver-te, querida, é tamanha
mas do jeito que faço, acanha até olhar-te de frente.

agora, que preferências mascaram,
ciências exatas pesquisam,
eu, impreciso, te digo:
- minhas paixões são ardentes,
necessitam teus beijos, teus olhos,
tuas palavras, teus gestos precisos;
minhas paixões são clichês
e adoraria que fosse você o mais presente em meus lábios...

.d
..e
...c
....r
.....e
......s
.......c
........e
.........n
..........d
...........o
enquanto o presente corre,
nado numa folha,
escrevendo

dúvida

então, envolta em seda
segura em firmeza,
uma dama a deslumbrar;
certeza, agraciada em beleza
vivia nua, de vacilar...

ninguém erra!!!

aos súditos, simplesmente reino;
há, porém, vertigem de caráter...
pedidos insensatos, propostas indecentes.
e na escuridão, um gargalhar...


que noite!!!! que noite nos espera!!!!
quando a indecisão impera...

matematicando

um dia, somei num cálculo...
segunda, foi um resultado.
ninguém disse, que aplicação
de algum sinal era equivocado;

repasso a lição,
refaço.
na multiplicação,
positivo com negativo,
subtraio.

vê-se que estou errado;
ninguém corrige.
de ano eu passo


abre um parêntese
e subtrai,
o espaço...

sem sal

agosto. por tempo parei.
tempero, banho maria;
em beijo...
ti-ra-gos-to.

cotovelo

tudo não tem feito sentido,
tudo foi sentido sem tempo,
tudo acabou sendo feito;
nada no tempo, sentidos afeitos...
muda a maré, afoga vontade.

adeus?

despedidas, sempre tão doídas
sentimentos não se guardam e se esquece no fundo do armário, flor;
logo, a dor faz tanto sentido quanto o sorriso, ou teu gargalhar...
logo, no adeus das tuas palavras
resta-me olhar no tempo, o jeito ao lhe falar
que tudo, rapidamente vivido, foi sentido
numa hecatombe sanguínea, que continua a pulsar...
que sentimento mesquinho esse de querer algo exclusivo,
alusivo ao gostar...
vil sonhos, que nem mesmo vivem em nuvens
e morrem num piscar;
quanta insanidade, escolher ter
e não comunicar. teus sentimentos a igualar...
então acaba. sem nem começar,
uma loucura, uma confusão; algo...
falta que não supre, saudade que não passa,
coerência que se perde...
e o que mais encanta
é essa delicadeza,
de deixar tudo...
em reticências