adeus?

despedidas, sempre tão doídas
sentimentos não se guardam e se esquece no fundo do armário, flor;
logo, a dor faz tanto sentido quanto o sorriso, ou teu gargalhar...
logo, no adeus das tuas palavras
resta-me olhar no tempo, o jeito ao lhe falar
que tudo, rapidamente vivido, foi sentido
numa hecatombe sanguínea, que continua a pulsar...
que sentimento mesquinho esse de querer algo exclusivo,
alusivo ao gostar...
vil sonhos, que nem mesmo vivem em nuvens
e morrem num piscar;
quanta insanidade, escolher ter
e não comunicar. teus sentimentos a igualar...
então acaba. sem nem começar,
uma loucura, uma confusão; algo...
falta que não supre, saudade que não passa,
coerência que se perde...
e o que mais encanta
é essa delicadeza,
de deixar tudo...
em reticências

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